sexta-feira, 13 de maio de 2011

Código Florestal – Todos nós pagaremos este preço

Cristiano Cembranel, 11 de Maio de 2011.


Não defendo o desmatamento, não defendo a contaminação de rios, não defendo o Aquecimento Global. Vejo a questão do Código Florestal como um assunto de extrema relevância para a mudança de direção que o clima no planeta tem tomado, uma vez que servirá de exemplo para demais países que não possuem legislação que contemple este tema, para que venham criar também sua própria legislação.


Mesmo que os ambientalistas do Greenpeace Brasil (@GreenpeaceBR) vejam como péssimo, o texto do Código Florestal, um grande passo estará sendo dado rumo à um mundo melhor. Mudanças maiores podem e devem acontecer com o passar do tempo, lembrem-se, o Maracanã, maior estádio de futebol do Brasil não foi feito do dia para a noite, nem mesmo, de um dia para o outro. A própria democracia em que vivemos não foi instaurada sem luta, sem esforço, sem caminhada.


A luta continua, até mesmo pelo fato de a criação deste Código Florestal não representar garantia alguma de que será cumprido. Será necessário que toda uma cadeia fiscal funcione corretamente. O que realmente não podemos aceitar é que a anistia dos desmatadores seja contemplada no Código Florestal, estes sim, precisam pagar pelos crimes ambientais que cometeram.


Precisamos também saber se estamos preparados para enfrentar um decréscimo na produção agrícola e pecuária, o que decairá diretamente na mesa do consumidor por meio do aumento de preços pela redução da oferta de produção. Se bem observarmos, estaremos indo no rumo contrário ao do crescimento da população, além da descontrolada inflação que voltou a assombrar a economia brasileira neste ano de 2011.


Mas quanto a inflação, não precisamos nos preocupar por muito tempo, 2014 está logo ali, até lá uma política eleitoreira entrará em vigor para conter o avanço dos preços e reeleger nossa ilustre presidente ou, eleger o candidato que ela venha apoiar.


O que realmente precisa ser considerado é o fato de que, nos próximos 20 anos, a produção agropecuária sofrerá perdas e nesse mesmo período a tendência é de que a população aumente. Claro que novas áreas passarão a ser utilizadas para a produção, mas será que serão suficientes para compensar estas perdas e o aumento populacional?


Eu espero, sinceramente, que sejam suficientes e que isso esteja sendo considerado na edição do Código Florestal, caso contrário, além dos ambientalistas não ficarem satisfeitos, dos produtores agropastoris perderem em quantidade produzida, nós consumidores, estaremos também pagando por isso ao irmos ao supermercado.



Um comentário:

  1. Postando novamente, já que, a postagem feita no dia 11 de Maio de 2011, sumiu, se explicação alguma.

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